quarta-feira, 13 de junho de 2012

A traição castrou minha coragem.

Não me atrevo a fazer o que não sei.
As marcas que existem em mim 
são profundas e definitivas.
Reconheço meus limites.
Ontem perdi o controle,
a paciência,
adoeci.
Estou adoecendo pela necessidade
de realização.
Pela necessidade de ir além.
Este pode ser o destino final de minha história.
Já amei e esperei de mais.
Espero que volte logo.
Estou ainda mais impaciente comigo mesmo.
Tudo está pesado.
Confesso que não sinto vontade de contestar tudo o que você disser agora.
O meu cansaço impede de dizer coisas leves.
Sou frágil, limitado, temporário. 
Será que posso amar?
Será que você foi a metade de mim?
Estou longe de mim.
Posso sentir.
Seu coração era o lugar que eu gostaria de estar.
Tudo bem,
eu estou vencido.
Reconheço que com você eu era uma manhã feliz.
Sua traição cortou minha língua. 
O meu silêncio é morada. 
A traição castrou minha coragem, 
minha vontade de continuar.


Sofro na alma o processo de reconstrução.


Sozinho estou nesta casa velha que se chama coração,
onde fui tão feliz ao seu lado.


Preciso aceitar a perda. Retirar as pedras que estão em mim.




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